Quem arriscou previsões muito ousadas sobre qual seria o “novo normal” no rescaldo da pandemia de covid-19 provavelmente errou.
Houve quem dissesse que o trabalho remoto tomaria conta, desafogando o trânsito nas metrópoles e deixando as lajes corporativas às moscas.
Ainda diante disso, muita gente se mudaria para cidades menores. Outra parte se transformaria em nômade digital, trabalhando de onde quisesse a hora que bem entendesse.
Algumas pessoas até conseguiram isso, mas não virou uma norma. Cada vez mais, as empresas convocam seus funcionários de volta para o escritório.
Também seriam impactadas radicalmente as relações de consumo.
O setor de shoppings centers teria que se reinventar, ao passo que as empresas dedicadas ao comércio eletrônico ganhariam musculatura com a consolidação de uma mudança de hábitos de consumo que já estava em andamento.
Diante disso, as ações de e-commerce transformaram-se em uma das teses mais badaladas do mercado financeiro lá em 2020.
Cinco anos e um forte ciclo de alta de juros depois, as ações das empresas brasileiras que se lançaram na bolsa na esteira dessa euforia acumulam desvalorização da ordem de 90%.
ACIMA DA INFLAÇÃO
Esquenta dos mercados
O Ibovespa interrompeu ontem uma sequência de quatro sessões em alta, recuando um pouco dos recordes nominais alcançados na terça-feira.
Hoje, os mercados internacionais amanhecem tingidos por tons de vermelho em dia de agenda agitada na parte da manhã.
Os investidores repercutem o PIB da zona do euro e uma série de indicadores econômicos nos EUA.
Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fala em público pela primeira vez desde a trégua no front da guerra tarifária de Donald Trump com a China.
Por aqui, as atenções concentram-se na temporada de balanços, com destaque para os prejuízos da Eletrobras e da Casas Bahia.
Os participantes do mercado também se preparam para os números do Banco do Brasil no primeiro trimestre.
Por: Seu Dinheiro.