XPML11 mantém valor de dividendos; gestão precisa captar R$ 265 milhões até dezembro

Shopping D, em SP, faz parte do portfólio do XPML11

    XPML11 anunciou a distribuição de dividendos; gestão admite que precisa captar recursos até dezembro para pagar parcelas de compras.

    XPML11, maior fundo imobiliário do segmento de shopping centers no mercado brasileiro, anunciou a distribuição de dividendos de R$ 0,92 por cota, referente aos resultados obtidos em abril. O dividend yield mensal do pagamento é de 0,86%, considerando o fechamento da cota em R$ 106,50 no dia 30 de abril. 

    A Data Com da distribuição foi na última sexta-feira, dia 16. Assim, os investidores receberão os proventos de acordo com o número de cotas detidas ao fim deste pregão. O pagamento será na próxima sexta, dia 23.

    O valor é o mesmo distribuído pelo XPML11 nos últimos 12 meses. O pagamento diz respeito aos resultados de abril, que ainda não foram divulgados pela XP Asset, gestora do FII. Em março, o fundo registrou lucro líquido de R$ 43 milhões, mantendo uma reserva de distribuição de R$ 1,14 por cota.

    Em abril, o fundo começa a receber resultados de sua mais recente aquisição, de 10,04% do Shopping Pátio Higienópolis. A transação foi avaliada em R$ 243,6 milhões, sendo que o fundo já pagou R$ 170,5 milhões, por meio da subscrição de CRIs conversíveis, que serão remunerados conforme resultado de NOI Caixa. Restam ainda duas parcelas de R$ 36,5 milhões, com vencimento em abril de 2026 e abril de 2027, ambas corrigidas pela variação do CDI do período.

    XPML11 precisa captar recursos para quitar obrigações do ano

    Até o fim do ano, o fundo imobiliário XPML11 precisará desembolsar R$ 710 milhões em parcelas de aquisições realizadas nos últimos meses. Considerando a disponibilidade de caixa atual e as projeções de receita para o segundo semestre, a gestão admite a necessidade de captar cerca de R$ 265 milhões.

    Uma das possibilidades é a venda de ativos. “Atualmente, temos um amplo portfólio de ativos com características distintas (participação majoritária ou minoritária, diferentes regiões do país e perfis variados de público-alvo) e de inequívoca qualidade, de modo que entendemos ter um portfólio imobiliário com boa liquidez no mercado”, escreveu a gestora.

    O fundo também deve ampliar a venda de parte das posições detidas em cotas de FIIs, como já havia realizado em fevereiro. Já a possibilidade de uma nova emissão de cotas, por ora, está descartada diante do atual cenário, em que o fundo negocia com desconto em relação a seu valor patrimonial por cota, hoje em R$ 117,33. Na última sexta-feira, o XPML11 fechou em R$ 106,51. “Não realizaremos uma oferta que gere diluição para os cotistas, mas a equipe de gestão estará sempre atenta ao mercado para que, tão logo as condições permitam, possamos avaliar potenciais novas emissões”, admitiu a XP Asset.

    Como última hipótese, o XPML11 pode ampliar sua alavancagem. A gestora considera que “existe espaço de uma maneira saudável para realizarmos a captação de uma dívida ou securitização de recebíveis que seja capaz de reforçar o caixa sem prejudicar a estrutura de capital”.

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